Orzabal fazia parte do Graduate, que misturava rock com vários elementos, isso ainda na década de 70. Desmanchada a banda, Orzabal se junta a Curth Smith e em 1981, conheceram o baterista Manny Elias e o tecladista Ian Stanley, nascendo assim, o Tears For Fears. Após alguns shows e demos, conseguem um contrato com a Mercury e em 82, lançam um disco com as letras assinadas somente por Orzabal, The Hurting.
Roland lembra que a gravação do disco foi extremamente tensa para os integrantes: "nós o gravamos basicamente nos estúdios Abbey Road e trabalhávamos sete dias por semana até duas ou três da manhã. Foi um disco difícil e que gerou muita tensão. Tivemos sorte que o primeiro single, 'Mad World' vendeu bem e isso ajudou muito. Ele foi muito inspirado em Arthur Janov e na sua terapia do Grito Primal. De fato, 'Ideas As Opiates' e 'The Prisoner', foram roubados de alguns capítulos do seu livro." O disco já trazia elementos da influência de Janov, especialmente na canção "Idea As Opiates". Para a capa do disco escolheram um pequeno garoto de Bath, conhecido como Gebby.
Roland lembra que a gravação do disco foi extremamente tensa para os integrantes: "nós o gravamos basicamente nos estúdios Abbey Road e trabalhávamos sete dias por semana até duas ou três da manhã. Foi um disco difícil e que gerou muita tensão. Tivemos sorte que o primeiro single, 'Mad World' vendeu bem e isso ajudou muito. Ele foi muito inspirado em Arthur Janov e na sua terapia do Grito Primal. De fato, 'Ideas As Opiates' e 'The Prisoner', foram roubados de alguns capítulos do seu livro." The Hurting colocou o Tears no meio de um mundo de bandas new wave, que faziam um uso imenso de sintetizadores, baterias eletrônicas. Logo, a banda começou a fazer show seguidos pelo país.
Ao mesmo tempo que fizeram um disco mais simples, fizeram também um trabalho que conquistou os dois cantos do Atlântico. Songs from the Big Chair, lançado em 1985, foi um clássico dos anos 80 e
O título do disco foi tirado do livro Sybil, que depois rendeu um filme televiso estrelando Sally Field, como uma mulher que tem personalidade múltipla e só se sente à vontade na cadeira de seu analista, que ela chama de big chair. O grupo lançou uma canção no lado B do single de "Shout", chamada "Big Chair", onde fazem música para trechos do filme, contendo a voz da atriz.
A década de 80 foi pródiga em ter várias duplas - Soft Cell e Eurythmics talvez duas das mais relevantes. Mas Roland e Curt ficavam furiosos quando comparavam o sucesso de sua banda com o de outra dupla inglesa - o Wham!, estrelado por George Michael.
Foi entre 1985 e 1986 que Janov chegou até a procurar a dupla para agradecer o reforço orçamentário. Janov que já havia inspirado a John Lennon - a canção "Mother" é fortemente influenciada pelo trabalho do psiquiatra - disse que ficou surpreso com tamanho dinheiro. Em Songs from the Big Chair, a canção mais ligada a Janov é o sucesso "Shout", com a frase "Grite/Grite/Ponha tudo para fora/Vamos lá/Estou falando com você...".
E entre 1985 a 1988 a banda não fez outra coisa do que excursionar e ganharem milhões de prêmios de fãs. Roland conta que foi muito difícil lidar com a pressão nesse período.
Nós não estávamos preparados para tamanho sucesso e para a histeria que aconteceu. Eram pessoas nos seguindo, centenas, milhares de entrevistas com as mesmas perguntas. Tocar todas aquelas canções durante aquele período foi quase uma tortura. Eu e Curt precisávamos de um tempo para que pudéssemos reavaliar nossa vida e nossa carreira."
E durante três anos, Roland fez psicoterapia, explorando seu passado e escrevendo canções totalmente diferentes dos dois discos anteriores. "Eu não queria mais soar como uma banda que utilizava a eletrônica, eu queria romper com tudo isso, romper com o próprio culto sobre nós. Resolvi resgatar antigos discos dos Beatles, Steely Dan, Pink Floyd e tentei fazer algo bem ambicioso, grandioso."
Além das duas canções acima citadas, rendeu um outro sucesso com "Advice For The Young At Heart". Mas a pressão foi tão grande que acabou resultando na saída de Curt Smith da banda, em 1990.
Curt não aguentava mais os problemas decorrentes do sucesso e resolveu mudar para Nova York por um tempo.
"Tudo se tornou um enorme sucesso e a pressão sobre nós era desumana. Eu estava infeliz e saí por pura infelicidade. Meu casamento estava acabando e queria fugir da Inglaterra e escolhi morar em Nova York, um ótimo lugar porque ninguém esta aí para ninguém e você pode viver uma vida anônima. Foi lá que tinha conhecido uma nova mulher, tinha me apaixonado e por isso quis me mudar. Basicamente, eu queria ter uma outra vida. E, dessa maneira, o Tears for Fears não poderia continuar.
A última apresentação dos dois juntos foi em 1990, no Kneboworth, em 30 de junho de 1990, um show para arrecadar fundos.
Assim, os dois se separam, mas Roland conseguiu manter o nome em seu poder.
Em 1992 a gravadora resolveu lançar uma coletânea chamada Tears Roll Down: Greatest Hits 1982-1992 e no ano seguinte Roland se junta a Alan Griffiths e lança Elemental, quarto disco do Tears for Fears. Roland tentou evitar de qualquer maneira a superprodução do disco anterior e conseguiu ir bem nas paradas com "Break It Down Again".
Em 1996 é a vez de Saturnine Martial & Lunatic, que não fez sucesso algum. E foi por causa desse disco que Roland resolveu acabar com o Tears, após um show na Colômbia. Estávamos excursionando e não fazíamos sucesso no país desde 1983 e por isso fui obrigado a cantar músicas do primeiro de The Hurting. Fiquei tão humilhado que após a turnê pela América do Sul, resolvei encerrar o grupo.
Nesse mesmo ano, Curt casa pela segunda vez e monta um novo grupo, Mayfield, que lança um disco com o mesmo nome, em 1997, pelo selo Zerodisc.
Em 2000, os dois voltam a se encontrar e anunciam que pensam em voltar ao Tears for Fears. Enquanto isso não acontece, Roland lança um disco solo chamado Tomcats Screaming Outside.
E, em 2004, os dois anunciam o retorno com um novo disco, Everybody Loves a Happy Ending, que segundo eles, seria a continuação de The Seeds of Love.
A banda segue firme e tocando por aí. Agora é esperar e torcer (outra vez...) para que eles venham por aqui. E caso eles apareçam nada de perguntar pela tia deles, certo?
Fique com o canal de buscas sobre a banda no youtube:
http://www.youtube.com/artist/Tears_for_Fears?feature=watch_video_title
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